A Unimagem comemora esta semana o seu 28º aniversário. É para todos nós, que constituímos a empresa, uma enorme satisfação porque a nossa senda e o nosso desafio permanecem de pé.
Muitas e importantes empresas, algumas multinacionais, nasceram e ruíram, mas nós, com os pés bem assentes na terra, vamos cumprindo! Como dizia Fernando Pessoa nós estamos aqui para cumprir.
Posto isto, julgo ser este o tempo oportuno para fazer uma breve reflexão sobre o mundo que existia – mas já não existe – quando o sonho da Unimagem começou a acontecer.
Quando a Unimagem surgiu em 1991 o mundo ainda se escrevia em AZERT. O que era o AZERT? Eram as primeiras letras que compunham a velha máquina de escrever. Ainda recordo as redações de jornais em que o matraquear das máquinas de escrever faziam lembrar uma orquestra sinfónica nem sempre bem afinada.
Em 91, estávamos portanto entre o mundo em AZERT e um admirável mundo novo que se abria com a democratização dos primeiros computadores.
Em menos de 20 anos tudo mudou radicalmente na forma de comunicar. Acabaram os telexes, os faxes, os telefones fixos. Surgiram os computadores, a Internet, os emails e os telemóveis.
A Unimagem foi uma das empresas que participou como consultora de comunicação naquele que foi o grande concurso para selecionar as empresas de telecomunicações que iriam gerir as redes de telemóveis.
Seis grandes grupos compareceram ao concurso.
O principal critério para atribuir a respetiva licença dizia respeito ao número de clientes que seria suposto conquistar, nos primeiros anos, por essas redes.
Recordo que a maioria dos candidatos apontava para um universo de clientes que não ultrapassava os 100 mil aderentes. Hoje, temos mais clientes de telemóveis do que habitantes em Portugal. Foi uma autêntica revolução a adesão aos telemóveis, que continuam a expandir-se por todo lado e com versões cada vez mais inovadoras.
No fim do mundo em AZERT floresciam em Portugal os primeiros grandes grupos privados financeiros e bancários. Era o tempo das privatizações, da recente adesão de Portugal à CEE, depois União Europeia, e na constituição de uma iniciativa privada que regressava a Portugal depois das nacionalizações de 1975.
O mundo continua a não parar e um novo léxico tomou conta do vocabulário, como inovação, redes sociais, empreendedorismo, startups, Internet…
Mas, tal como no início, a palavra-chave continua a ser COMUNICAÇÃO.
Miguel Almeida Fernandes