Marraquexe é talvez uma das cidades ideais para visitar no Outono.

Relativamente perto de Lisboa, uma hora de avião, e de súbito somos confrontados com uma outra realidade, um outro pais e uma cultura diferente.

Situada no sopé da cordilheira do Alto Atlas, a cidade vermelha como é conhecida pelas tonalidades da cor ocre dos seus palácios e das suas muralhas, Marraquexe vale ser visitada pela sua história, cultura, gastronomia e recantos secretos.

À semelhança de muitas cidades marroquinas, Marraquexe tem uma parte velha (Almedina), correspondente à cidade primitiva, cercada de muralhas, com as suas ruas pejadas de comércio, rodeada por bairros modernos nomeadamente Gueliz um dos mais elegantes desta cidade.

A parte velha de Marraquexe está  classificada como património mundial da  UNESCO, bem como a famosa praça Jemaa-el-Fnae  que ao pôr de sol se torna no pólo de maior referência da cidade. Ali se cruzam comerciantes que viajam por todo o continente africano e convivem toda a espécie de animais nomeadamente cobras, camelos, escorpiões do deserto do Saara ali tão próximo.

Do artista de rua, ao vendedor de sumo de laranja, à mulher que promete saúde e beleza ao vendedor ambulante tudo ali se cruza naquela praça inolvidável que nos faz  lembrar  afinal que  já nos encontramos em  pleno continente africano uma hora depois  de termos deixado Lisboa.

Aproveitar os outros dias de viagem para caminhar pela medina de Marraquexe, visitar a mesquita da Koutubia, o minarete e as ruinas da antiga mesquita e percorrer os seus souks, autênticos labirintos onde é fácil  nos desorientar entre ruelas onde imperam os couros, os tapetes ou os cestos.

Para além desta Marraquexe há uma nova cidade onde estão instalados os grandes hotéis, nomeadamente, o Mamounia onde se instalava o primeiro ministro Inglês, Winston Churchill para ali pintar as suas telas.

Marraquexe no Outono e  descobrir o célebre jardim desenhado pelo costureiro francês Ives Saint Laurent, onde inúmeras árvores e plantas se cruzam num ameno clima é uma aventura a não perder.

Miguel Almeida Fernandes